Filmagens de drones no terreno do Pátio Morro Grande
(acesse em tela inteira)


Extraído do site www.metrocptm.com.br - Por: Ricardo Meier - Fotos: Alan Alves - 08/jan/2021



Em novembro, um mês após a Acciona assumir a concessão da Linha 6-Laranja do Metrô, uma pequena balsa com funcionários da empresa visitou um “lago” na região da Brasilândia, próximo de onde ficará a estação do mesmo nome. Munidos de uma sonda, os empregados da construtora investigavam o subsolo do local, anteriormente conhecido como uma pedreira.
Pois é nesse local que a futura linha de 15,3 km terá seu pátio de manutenção e também Centro de Controle Operacional.
Também conhecida como a “Prainha da Brasilândia”, o local abriga uma considerável vegetação que já foi motivo de propostas de criação de um parque na região, carente de áreas verdes. No centro da área, onde ainda surgem paredes de rochas remanescentes da pedreira desativada nos anos 80, formou-se um grande lago, daí a referência à “praia” urbana para a população do bairro.
É justamente nesse lago que os funcionários da Acciona se concentravam para analisar a situação do terreno, que chegou a receber máquinas e caminhões em 2016, quando a concessionária anterior, a Move São Paulo, ainda estava trabalhando no projeto.

Como mostram ilustrações dessa época, o futuro pátio Morro Grande será o local onde os 23 trens da Alstom farão suas manutenções periódicas, além de servir como principal estacionamento dessas composições, nos moldes de outras instalações industriais do Metrô.


Projeção do Centro de Controle Operacional - CCO
Bem ao lado dos principais galpões haverá um edifício que abrigará o CCO,
responsável por operar o ramal de 15 estações que ligará a Brasilândia à estação São Joaquim a partir de 2025.
O site MetrôCPTM enviou algumas perguntas à Acciona para entender como será o trabalho no pátio.
Confira as respostas:
P - Como será feita a retirada do volume de água no local?
- A drenagem da água será realizada por bombeamento controlado e destinada a galerias pluviais existentes. Essas galerias foram certificadas pra receber o volume de água que está acumulado no pátio proveniente de chuvas e no momento aguardamos a liberação do DAEE para início da atividade.

P - Qual o prazo de construção do pátio?
- A previsão para o pátio estar operacional é até setembro de 2025.

P - Ele será entregue em fases ou de uma vez?
- O Pátio Morro Grande será construído e entregue de uma vez.

P - O projeto divulgado pela Move SP será seguido?
- Não, está sendo otimizado operacionalmente.

Cinco anos de obras
Após adquirir a parte na concessão que pertencia à Move São Paulo, a construtora espanhola Acciona criou a Linha Universidade S.A, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) que fará a operação e manutenção da Linha 6-Laranja a partir de 2025.
Segundo a empresa, a meta é entregar todo o ramal ao mesmo tempo e para isso os canteiros estão sendo mobilizados nas últimas semanas.
Dois “tatuzões” serão responsáveis pela escavação de 12,2 km de túneis, a partir do poço Tietê, onde estão armazenados no momento.
Por conta do relevo acidentado, a Linha 6 terá uma média de profundidade em suas estações de 46 metros, mas uma delas, Higienópolis-Mackenzie, será a mais profunda da rede metroferroviária, a 69 metros abaixo do nível do solo.

Ajuda espanhola
No final de novembro, a secretária de estado do Comércio da Espanha, Xiana Méndez, visitou os canteiros da Linha 6 em São Paulo e revelou que o governo do país europeu avalia apoiar o empreendimento com alguma linha de financiamento.

Fonte: MetroCPTM